Eu errei, eu admito. 

Talvez por que eu não tivesse parado para me questionar sobre o que realmente queria dizer todas aquelas palestras sobre a importância de “pessoas”.
Talvez por que o RH da empresa mais tradicional dos meus pais – ou de muitas outras que conheci – era muito mais um departamento de folha e contratação.
Talvez por que eu achei que fazer gestão de pessoas era gerir uma área de Gente & Gestão 

Mas eu errei, eu admito. 

Depois de descobrir o quanto estava perdendo – de tempo, dinheiro, treinamento;
Depois de me desesperar com o conhecimento perdido e falar pra mim mesmo “eu já não expliquei isso antes?” ou “onde está aquele processo que existia?”;
Depois de perder pessoas do time que eu jamais quis (ou poderia) perder, e de não trazer varias outras que poderia ter atraído;

Eu admito, eu errei. 

No fundo, hoje eu sei – e estou descobrindo – cada vez mais, que é tudo sobre pessoas. E quando tudo é sobre pessoas, não é apenas uma pessoa que consegue decidir ou gerenciar tudo. Muito menos uma pessoa, o CEO, que fica que nem o Cerveró: com um olho em cada coisa a todo momento. 

Afinal, você, CEO, toca sua área de Vendas sozinho (gerência, vende, negocia, metrifica e faz customer success)? A área de People faz isso, todo dia. A diferença é que o produto não é um software, é sua empresa. E o cliente não está pagando com dinheiro, e sim com o seu tempo de vida. Quer falar sobre vendas complexa? Pensa nessa venda. (Mas isso é papo pra um post futuro, quem sabe da Carolline Volpato, que causou tudo isso). 

Há 6 meses (e com muito atraso), nasceu a área de People & Strategy na Easy Carros, agora de verdade. E tudo mudou. 

Tudo. Mudou. Sério. Da uma olhada no nosso LinkedIn e veja se não é verdade. Vem ver nosso ambiente de trabalho. As pessoas discutindo nosso propósito no café. O happy hour que antes terminava as 19 indo até meia noite. 

Ah, você só acredita se ver números? Que bom, eu também:

  • Vagas preenchidas com AAA players nos últimos 8 meses; 
  • Reduzimos em 24% nosso turnover;
  • Diminuímos o tempo de contratação de algumas vagas de 3 meses para 3 semanas;
  • Hoje só preciso entrevistar 2 pessoas para contratar um Top Player (esse número antes era bem maior);
  • E talvez mais importante: a criação de uma máquina de crescimento (vamos triplicar o tamanho da empresa em ~6-8 meses), que faz com que todas aquelas áreas que já tinham equipes, cresçam ainda mais; 

Hoje, entendo cada vez mais quando meus investidores, mentores e demais CEOs de startups dizem que Pessoas são tudo.

Mais do que aquele sorrisinho maroto fingindo que sei o que quer dizer, hoje eu concordo. Eu errei: “It’s All About People”.


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