A nova gasolina já chegou nos postos brasileiros. A ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, colocou como prazo de três meses para todas as bombas serem trocadas com o novo combustível.
Nessa nova realidade, algumas das perguntas que todos nós fazemos é: “o que muda? e “como ela atua no motor do carro?”
Se você abasteceu seu carro durante esta semana, ele já pode ter no tanque uma gasolina com novas especificações, de acordo com a Resolução 807/20, da ANP. Esta nova “fórmula” entrou em vigor no começo do mês de agosto, mas existe um prazo adicional de 60 dias para os distribuidores e de 90 dias para os revendedores se adequarem.
A nova gasolina não deve nada em qualidade em relação à utilizada na Europa e nos Estados Unidos.
Segundo a ANP, esse combustível de maior qualidade poderá reduzir o consumo, melhorar a performance, diminuir as emissões e reduzir o consumo em até 6%, todos esses benefícios, são resultado da maior eficiência energética do combustível.
Ela será mais cara?
Segundo a Petrobras, O novo processo de refino da gasolina é mais caro, porém, a empresa não precisou o quanto. “O ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina compensará uma eventual diferença no preço do combustível, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro”, informou a empresa.
A previsão, por ser um produto de maior qualidade, é de que os postos reajustem o valor em 1,5%. O combustível ainda pode sofrer oscilações por conta do ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, e de outras alterações estipuladas pelas distribuidoras.
Maior Dificuldade de adulteração nos postos
A gasolina comercializada no Brasil terá novo padrão de qualidade. Entre as três novas exigências do órgão regulamentador dos combustíveis (ANP), a mais importante para o motorista é a que estabelece densidade mínima de 715 kg/m³. Em outras palavras, é quanto deve pesar um litro de gasolina: 715 gramas.
Qual a importância de se exigir densidade mínima?
Nossa gasolina já está entre as melhores do mundo, desde que se baixou seu teor de enxofre e sua elevada octanagem devido à presença do etanol anidro (25% na premium, 27% na comum). Entretanto, a qualidade no posto é outra história, devido à possibilidade de adulteração por donos de postos desonestos. Existe também a dificuldade de fiscalização neste país de dimensões continentais com cerca de 90 mil postos.
Ainda não havia um padrão estabelecido para a densidade, ou massa específica (ME), fundamental para o bom funcionamento do motor. Pois, quanto menor a densidade, maior o consumo.
O problema é que a maioria dos solventes utilizados para se adulterar a gasolina tem peso (densidade) inferior. Então, a exigência de densidade mínima vai complicar a vida de quem “batiza” a gasolina com solventes, garantindo, portanto, um padrão de qualidade também no posto.
Mas, como será possível ao motorista conferir – no posto – se a nova exigência será cumprida? Simplesmente mergulhando na gasolina um densímetro calibrado entre 700 e 750 gramas por litro: se indicar valor abaixo de 715, é prova de combustível adulterado. Todos os postos deverão disponibilizar o medidor para testar a densidade da gasolina a pedido do consumidor.
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